terça-feira, 28 de agosto de 2012



O MONGE MORDIDO

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a co
rrer pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
— Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
— Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.



Adorei esta parábola e decidi publica-lá ,porque são nos pequenos gestos que se revela a natureza do ser humano e que não somos todos iguais.  



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Há dias...













Há dias...
Há dias que o azul do céu me parece o breu do mais profundo oceano e outros em que as nuvens escuras me trazem a translucidez das calmas águas do pacifico...
Há dias que a solidão me afaga o coração e me beija o corpo e outros que me tortura as emoções e dilaceraça a alma...
Há dias que a força que eu trago dentro de mim não movia uma pena por achar que não vale nada e há outros que eu moveria uma montanha só por achar que vale tudo...
Há dias que o silêncio me despoja as inseguranças e tranquiliza o meu ser, já outros escavam o vazio do meu peito e abrupta me o coração...
Há dias que um sorriso é sempre um sorriso e mostra nos o melhor de nós...
Há dias em que uma palavra de amor nos dá o alento que precisávamos...
Há dias em que um abraço nós dá o conforto de uma multidão...
Há dias que um olhar fala por uma eternidade...
Há dias em que um simples beijo é maior diamante que nos poderiam dar...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Dualidade...



A dualidade é como mergulhar num rio de lodo com águas translúcidas, é contraditório por natureza, estabelecendo uma diálogo interior que perturba a nossa paz,  nunca saindo do talvez... do se...e do quanto... e tantas mais outras suposições da nossa mente.
A nossa mente dualista está constantemente a projetar uma atracão ou rejeição sobre todas as pessoas ou coisas, originando o aparecimento da reação do desejo ou de aversão e logo a seguir vem a longa-metragem do preconceito e discriminação, o é mau...o é bom...vemos o que queremos ou seja ficaremos cegos justamente por ver...ver de uma forma dual é uma cegueira para a nossa própria evolução.
Na vida não vale a pena darmos muitas justificações nem tentar mudar ninguém pois cada um vê o que quer… e quando quer… Buda diz:  “Quando abre os olhos e tem a experiência de ver um mundo circundante, você é um cego contemplando a névoa de sua mente”.
É difícil viver sem dualidade utilizamos diariamente através da nossa linguagem e atitudes com classificações e conceitos e sem nos apercebermos matamos muitas coisas antes de elas nascerem e criamos muitas outras sem elas existirem.
Quantas e quantas vezes não damos oportunidade de ver crescer algo que a nossa mente caracterizou como não vale a pena...vai correr mal...não estou preparado...a nossa mente está a fazer uma projeção de rejeição e aversão "antes de ser já era".
E quantas vezes criamos "bolas de sabão" lindíssimas por fora e vazias por dentro aí a nossa mente está a fazer uma projeção de atracão e desejo, queremos tanto que vimos o que não existe.
O ideal seria não considerar nada do que fazemos e negar a considerar o que quer que seja não esperando nada... difícil...pois é mas temos que começar por algum lado nem que seja pelo terceiro lado do quadrado...